Ao longo da última década, a apicultura vem crescendo no Brasil, gerando renda e aumentando a necessidade de investimentos nos estudos em sanidade das abelhas. Para se aperfeiçoar tecnicamente, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária enviou dois fiscais para o I Curso de Sanidade Apícola de São Paulo, realizado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em Pindamonhangaba de 16 a 20 de maio.
O treinamento, oferecido para profissionais do sistema oficial de defesa agropecuário, foi idealizado para prevenir a introdução de patógenos em território nacional e possíveis perdas econômicas na atividade apícola, em decorrência de doenças que venham a se estabelecer no País. Ele foi desenvolvido após a introdução, no Brasil, da Aethina tumida Murray, um besouro das colmeias que foi notificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em fevereiro de 2016.
Durante os cinco dias do curso, os fiscais tiveram aulas teóricas sobre a biologia, morfologia e fisiologia das abelhas Apis mellifera; sobre doenças de abelhas adultas e suas crias, entre outros. “A participação no I Curso de Sanidade Apícola de São Paulo, demostra a preocupação da Aged com os assuntos deste seguimento e vem somar como ferramenta útil para o bom andamento do Programa Nacional de Sanidade Apícola no Estado, avaliou o fiscal agropecuário Clenilson Júnior, responsável técnico pelo Programa Nacional de Sanidade Apícola (PNSA) no Maranhão.
O treinamento contemplou, ainda, aulas práticas no apiário. Para a fiscal agropecuária Tânia Maria Duarte, um dos pontos mais interessantes do curso foi o acompanhamento da metodologia de colheita de amostras eventualmente contaminadas e o envio do material de forma adequada para o diagnóstico em laboratório.
Apicultura
Desde 2015, o governo estadual, por meio das Secretarias de Estado de Agricultura e Pecuária (Sagrima) e de Indústria e Comércio (Seinc), vem discutindo o adensamento da cadeia produtiva de apicultura com empresários, instituições de apoio financeiro e produtores da Região do Alto do Turí, responsáveis pela produção de 70% de mel do Estado.
Em abril deste ano, durante a realização da Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), no Território Cocais, o governo também ofereceu cursos sobre criação racional de abelha, vitrine tecnológica, demonstrações práticas e comercialização de produtos derivados da Meliponicultura e Apicultura para produtores, técnicos e estudantes.