Visando inspecionar a eficiência do Sistema de Mitigação de Risco para prevenir e controlar a disseminação da praga quarentenária Sigatoka Negra na região, Fiscais Estaduais Agropecuários promoveram nas Unidades Regionais de Açailândia e Caxias ações de supervisão técnica em unidades de produção de banana, cultura alvo desta praga, dessa forma protegendo o potencial produtivo do Estado, pois as perdas ocasionadas pela doença podem chegar a 100% do bananal caso o controle não seja realizado em tempo hábil.
Tendo em vista a importância da bananicultura para a economia maranhense, tornou-se imprescindível a instalação do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a Sigatoka Negra (Mycosphaerella fijiensis). De acordo com a Instrução Normativa nº 17 de 31/05/2005, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o SMR corresponde à integração de diferentes medidas de manejo de risco de pragas das quais pelo menos duas atuam independentemente com efeito acumulativo, para atingir o nível apropriado de segurança fitossanitária.
Para manutenção de boas práticas agrícolas e vistorias nas Casas de Embalagens cadastradas, os fiscais da AGED realizaram supervisões técnicas nas Unidades de Produção sob SMR, assegurando cuidados nos procedimentos pós-colheita e garantindo dessa forma, a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Permissão de Trânsito Vegetal (PTV) , que possibilita o escoamento da produção gerando renda e empregos nas regiões produtoras.
No Maranhão confirmou-se a presença da mesma em julho de 2013 na região tocantina, levando o Estado a perder o status de “Área livre da praga” e gerando o impedimento da comercialização da produção maranhense para outros estados.
A implantação do SMR possibilitou ao bananicultor maranhense a manutenção de sua atividade rural e comercialização de seu produto nas unidades da federação, mediante a integração de diferentes manejos de risco da praga.
Atualmente estão cadastradas 10 unidades de produção de banana sob SMR para praga Sigatoka Negra distribuídas nos municípios de Itinga (4 unidades de produção) e Vila Nova dos Martírios ( 3 ) e Timon ( 3 unidades), totalizando em 511,95 hectáres de banana.
De acordo com a engenheira agrônoma Andréa Rodrigues, Responsável pelo Setor de Pragas Quarentenárias da AGED, “Durante as supervisões realizadas nas unidades de produção de banana foram observadas desde, as ocorrências fitossanitárias de importância econômica local, sistema de monitoramento e formas de controle da Sigatoka Negra, higienização das frutas, tipos de embalagem até, o escoamento da produção para outros estados, dessa forma, visando a verificação de possíveis irregularidades e implementação de medidas corretivas, garantindo a manutenção do SMR no Estado, uma forma de agregar valor à produção e garantir o acesso a novos mercados.”
