AGED intensifica ações de vigilância epidemiológica e de educação Sanitária em propriedades rurais com suínos

Fiscalizar propriedades de suínos, intensificar ações de vigilância epidemiológica e combater a entrada da Peste Suína Clássica (PSC) no estado do Maranhão, são elementos prioritários para a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED). Desde a primeira ocorrência do caso da PSC no estado do Piauí, a AGED vem promovendo ações para impedir a entrada da doença no Maranhão.

Altamente contagiosa, a Peste Suína Clássica é uma doença que acomete a família dos  suídeos (porcos e javalis), e se caracteriza por febre alta, lesões avermelhadas na pele dos animais (hemorrágicas) e alto teor de mortalidade. Entre outras características apresentadas nos animais, estão a falta de apetite, fraqueza e animais amontoados.

De acordo com a Diretora-Geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, a Engenheira Agrônoma e Fiscal Estadual Agropecuária Fabiola Ewerton Mesquita, a “AGED, como agência de defesa agropecuária, tem um papel de impedir que essa doença entre no Maranhão, por isso, estamos intensificando o fortalecimento da fiscalização nos postos fixos, além de estarmos intensificando as ações de vigilância nas propriedades que ficam situadas próximo à divisa com o Piauí. Além disso, fizemos, na Ilha de São Luís, a intensificação da fiscalização, considerando o elevado fluxo de suínos vindos do Piauí e do Ceará, visto que são os dois estados que possuem focos de Peste Suína Clássica”, explica.

Cabe ressaltar que a PSC não oferece riscos à saúde humana, contudo, devido a alta taxa de mortalidade nos animais, acarreta em perdas econômicas significativas para o suinocultor. E, que é de responsabilidade de todo cidadão, assim como dos médicos veterinários autônomos, a notificação à AGED da suspeita da doença.

Nesse sentido, para combater a entrada da doença no Estado, a AGED designou duas equipes para realizar a busca ativa em comunidades ribeirinhas próximas à divisa com o estado do Piauí, realizando inspeção clínica em busca de animais com sintomatologia ou histórico para a peste suína clássica. Entre as ações desenvolvidas pelos agentes, estão: 1. Ações de vigilância epidemiológica em propriedades rurais com suínos, buscando identificar animais com sintomatologia suspeita para peste suína clássica; 2. Cadastramento e/ou atualização de propriedades rurais; 3. Cadastramento de transportadores de suínos (importante protagonista na disseminação da PSC); 4. Vigilância epidemiológica em pontos de risco de introdução da PSC, dentre estes: 4.1. Balsa Gabrielle, Balsa São Francisco e Balsa Pai Louro, no povoado Trincheiras que funciona com acesso aos povoados do município de Murici dos Portelas-PI (local onde foi registrado foco de PSC recentemente); 4.2. Balsa Vitória, no povoado Pau d’água que dá acesso aos municípios de Joaquim Pires, Esperantina e Luzilândia no Piauí; 5. Ações de educação sanitária, com canoeiros, com produtores rurais, comunidade geral e entrevista na rádio Dina FM em Magalhães de Almeida, para esclarecimentos sobre a peste suína clássica.

Para o Responsável Técnico pelo Programa de Sanidade Suídea no Serviço Veterinário Estadual, o Médico Veterinário e Fiscal Estadual Agropecuário Lauro Queiroz,  explica que “devido ao surgimento de inúmeros focos de Peste Suína Clássica (PSC) em nossos estados vizinhos, Piauí e Ceará, desde outubro de 2018, essa doença que acomete somente os suídeos, tornou-se preocupante para todos os criadores e a sociedade de um modo geral, representando uma ameaça à cadeia produtiva de suínos, não só para o Maranhão, mas também para todo o Brasil”, afirmou.

Em função da importância econômica na suinocultura atribuída à essa enfermidade e, para reduzir os riscos de introdução da Peste Suína Clássica no estado do Maranhão, agravado ainda pelos recentes focos da PSC confirmados no município de Murici dos Portelas/PI, distante à 96 km do município de Magalhães de Almeida/MA, município de divisa do Maranhão com o Piauí, se faz importante ressaltar que os suinocultores devem comprar animais (suínos)com procedência conhecida e acompanhados de documentação sanitária, nesse caso a Guia de Transito Animal (GTA). Além disso, os animais não podem ser oriundos do Piauí ou do Ceará, pois está proibida a entrada de suínos.com origem nestes estados.

Produção: Assessoria de Comunicação
Texto: Kleo Souza